DIRETRIZE 28

TEORIA MUSICAL

                 Sem éla a pratica se torna inviavél.

Dentro da Arte, podemos classificá-las como: Artes Visuais ou Artes plásticas(aquela que se vê); Artes Sonoras(aquela onde os intépretes tocam ou cantam) e as Artes Combinadas(junção das anteriores, como por exemplo, o teatro, a ópera, o balé etc.
Com isso, definimos que a música nada mais é do que a Arte de combinar os sons.

A música é composta por:

a)Melodia: sons sucessivos, com exemplo das melodias.
b)Harmonia: sons simultâneos, com exemplo dos acordes.
c)contraponto: concepção tanto da melodia quanto harmonia, é a análise simultânea da linha melodia e do acorde.
d)Ritmo ou pulsação: ordem e proporção como os sons estão dentro da música em relação aos seus valores e figuras rítmicas. Podendo ser independente,ou seja, não precisa nem da harmonia ou melodia,exemplo é a execução do ditado rítmico e a percussão.

As características principais dos sons são:

a)Altura: quanto maior a sua vibração mais agudo é o som e o contrário, mais grave é o som.
b) Duração: determinado pelo tempo.
c) Intensidade: é o que chamamos de volume.
d)Timbre: é a "cor" de cada som, é através dele que identificamos a diferença entre uma guitarra e um baixo, é a voz do instrumento.

Pauta ou pentagrama é a reunião de cinco linhas e quatro espaços contados de baixo para cima com o objetivo de escrever música e ler partituras. Nem sempre as linhas de uma pauta são suficientes, por isso usamos as linhas suplementares superiores e inferiores e de acordo com a estética musical é permitido no máximo cinco linhas.

O modo como representamos as notas em uma pauta é dado o nome de notação musical e usamos as sete notas musicais: dó-ré-mi-fá-sol-lá-si . Se repetirmos a última nota por exemplo, dó-ré-mi-fá-sol-lá-si-dó, estamos formando uma oitava (começou com o dó e terminou com o mesmo), se fizermos com qualquer nota e terminarmos com as mesmas estamos formando oitavas. Essas notas sucessivas que ouvimos formam as escalas, tanto ascendentes como o exemplo anterior, e descendente: dó-si-lá-sol-fá-mi-ré-dó.


Qualquer nota musical na pauta sem clave não quer dizer absolutamente nada e por isso a importância do uso da clave que significa chave com o intuito de fixar a altura da nota na escala.

A clave de Sol é escrita na segunda linha e é uma clave usada para sons mais agudos e veio da letra G. A clave de Fá na quarta linha é usada para sons mais graves e veio da letra F. Essas duas claves são as mais usadas e populares, mas vale lembrar que ainda existem as claves de Fá na terceira linha e a clave de Dó nas linhas 1,2,3 e 4. A clave de Dó veio da letra C.

Os valores ou figuras de som representam a duração do som, a figura de maior valor é a semibreve. A figura de som quando não está na pauta não pode ser chamada de nota musical, está errado, deve ser chamada de figura de som. Elas são: semibreve, mínima, semínima, colcheia, semicolcheia, fusa, semifusa. As figuras antigas como máxima, longa e breve caíram em desuso e a quartifusa ou tremifusa quase não são usadas. A divisão proporcional dos valores segue que 1 semibreve = 2 mínimas, 4 semínimas, 8 colcheias, 16 semicolcheias, 32 fusas e 64 semifusas.

A figura de som é formada por haste, cabeça da nota e bandeirola ou colchete. Quando há figuras iguais podem-se juntar as hastes, a não ser que as sílabas de uma melodia não permitam.

Outra informação com relação à estética musical é a nota na terceira linha, onde é facultativa. A haste da nota pode ficar para cima ou para baixo, mas a partir da terceira nota a haste deve ficar para baixo do lado esquerdo (sem formar um nove) e anterior a terceira linha a haste deve ficar para cima do lado direito (sem formar um seis). A ligadura em música não tem apenas uma função, pode ser uma ligadura de frase (a execução se dá de forma ligada e sem respirar até terminar a ligadura) ou ligadura de nota, se for mesma duração deve-se prender a duração da primeira nota e a segunda, e de durações diferentes também segue a lógica da ligadura de frase. A ligadura muitas vezes vem com a palavra em italiano chamada legato.


O ponto de aumento é colocado à direita da nota e vale metade do seu valor como, por exemplo, a mínima pontuada. Se considerarmos que a mínima vale dois tempos naturalmente o ponto valerá um, basta somar a figura (2) + o Ponto (1) e temos 3 tempos.

O valor das notas tem duração indeterminada e para que elas se tornem determinadas usamos a fórmula de compasso para nos dizer quantos tempos teremos a cada compasso.

Num primeiro momento vamos falar sobre o compasso simples, cuja unidade de tempo é representada por uma figura divisível por dois. Eles podem ser: binários (dois tempos por compasso), ternário (três tempos por compasso e quaternário (quatro tempos por compasso). A cada compasso é separado por um travessão ou barra simples e no final de um trecho e não de uma pauta, é usado o travessão duplo ou barra dupla ou ainda pausa final.

Para os numeradores usamos 2,3 ou 4 e para os denominadores usamos 2,4,8,16,32 e 64. Por exemplo: 2/4 indica que são dois tempos por compasso (unidade de tempo), logo, é um compasso binário. O 4 representa a 4ª parte da semibreve (unidade de compasso) que é a semínima,cada semínima valerá um tempo. Outro exemplo: 3/8 indica três tempos por compasso (unidade de tempo), logo, compasso ternário e 8 representa a 8ª parte da semibreve que é a colcheia (unidade de compasso), cada colcheia valerá um tempo e a semínima valerá 2 tempos etc.

Por isso o compasso é muito importante, pois se muda o denominador, “muda tudo”. Isso acontece pelo vício de ver quase sempre partitura usando compassos com denominador quatro.
Marcar um compasso é indicar a divisão dos tempos pelos movimentos das mãos.

Temos por base a Escala Diatônica de Dó Maior, na verdade toda escala é diatônica quando não é cromática.Na escala de Dó encontramos 5 tons e 2 semitons (mi-fa e si-do). Semitom é o menor intervalo entre dois sons e tom é formado por dois semitons.Cada nota na escala possui um grau e assim temos: I grau (tônica); II grau (supertônica); III grau (mediante): IV grau (subdominante); V grau (dominante); VI grau (superdominante); VII grau (sensível) e VIII grau (tônica) de novo.


Graus conjuntos são sucessivos, por exemplo, dó-ré, fá-sol. Graus disjuntos são intercalados com um ou mais graus, exemplo, dó-mi, lá-fá etc.

O acento métrico nos ajuda a reconhecer pela percepção auditiva se o compasso é binário, ternário ou quaternário. E segue as seguintes regras:

a) Compasso binário: 1º tempo – forte e 2º tempo – fraco;
b) Compasso ternário: 1º tempo – forte 2º tempo – fraco e 3º tempo – fraco;
c) Compasso quaternário: 1º tempo – forte 2º tempo – fraco 3º tempo – fraco e 4º tempo – fraco.

O sinal de alteração abaixa ou eleva um ou dois semitons à entoação das notas, elas são:

a) Sustenido: eleva um semitom;
b) Bemol: abaixa um semitom;
c) Dobrado-sustenido: eleva dois semitons;
d) Dobrado-bemol: abaixa dois semitons;
e) Bequadro: anula o efeito das alterações podendo ser ascendente ou descendente.

Semitom cromático é formado por duas notas do mesmo nome (dó-dó#) com entoação diferente. O semitom diatônico é formado por duas notas diferentes, como sons sucessivos (dó#-ré) e com entoações também diferentes.

O Sistema Temperado veio da separação dos comas de uma nota para outra. De dó para ré existem nove comas que se dividem em pequeníssimas partes o que durante muito tempo foi alvo de discussões entre os físicos e músicos. Segundo os físicos havia quatro comas de semitom cromático e cinco comas de semitom diatônico e os músicos diziam exatamente o inverso, e para acabar com a diferença, dividiu-se um coma ao meiopara ficar 4 ½ comas de cada semitom.

Daí que veio o sistema temperado e os instrumentos temperados e não temperados. O piano, órgão, violão, guitarra, harmônico, harpa são instrumentos temperados. Já o violino, viola, violoncelo e outros são instrumentos não temperados.

Esse sistema se deu com Bach em “O cravo bem temperado”.

A fermata é um sinal colocado acima ou abaixo da nota indicando a prolongação indeterminada do som que fica a critério do intérprete. Quando a fermata vem sobre a pausa recebe o nome de suspensão.


A linha de 8ª tem a finalidade de auxiliar a leitura na partitura. É usada para indicar que tal nota/grupo de notas deve ser executada uma oitava acima (quando a indicação vem acima) ou abaixo (quando a indicação embaixo).

Staccato é uma palavra italiana que significa destacado, o som deve ser produzido de modo seco e destacado. Há três tipos: staccato simples, meio-staccato e grande staccato/martelado.

Síncope: nota executada em tempo fraco ou parte fraca de tempo e prolongada ao tempo forte ou parte forte de tempo. Ela causa o deslocamento natural das acentuações. A síncope é regular quando as notas são da mesma duração e irregular com durações diferentes.

Contratempo: notas executadas em tempo fraco ou parte fraca de tempo e preenchidas por pausas nos tempos fortes ou partes fortes de tempo, e como a síncope, também provoca efeito de deslocamento na acentuação natural.

Entende-se por intervalo a diferença de altura entre as duas notas, podendo ser simples (dentro de uma oitava) ou composto (ultrapassa uma oitava). O intervalo é melódico quando as notas são sucessivas e harmônico quando as notas são simultâneas. O intervalo, ao contrário do harmônico, pode ser ascendente ou descendente.

Os intervalos podem ser maiores, menores, aumentados, diminutos ou justos. Veja os intervalos simples:

2ªM(1 tom), 2ªm(1 semitom), 2ª+(1 tom e 1 semitom), 2ª dim.(nula), 3ªM(2 tons), 3ªm(1 tom e 1 semitom), 3ª+(2 tons e 1 semitom), 3ª dim.(1 tom), 4ªJ(2 tons e 1 semitom), 4ª+(3 tons), 4ª dim(2 tons), 5ªJ(3 tons e 1 semitom), 5ª+(4 tons), 5ª dim(3 tons), 6ªM(4 tons e 1 semitom), 6ªm(4 tons), 6ª+(5 tons), 6ª dim( 3 tons e 1 semitom), 7ªM(5 tons e 1 semitom), 7ªm(5 tons), 7ª+(6 tons), 7ª dim( 4 tons e 1 semitom), 8ªJ(6 tons), 8ª+(6 tons e 1 semitom) e 8ª dim(5 tons e 1 semitom).

Na classificação dos intervalos compostos basta transportar uma das notas uma oitava abaixo ou a cima e somar sete. Nos compostos não há inversão, pois ao inverter um intervalo composto, ele se tornará simples.

Nos intervalos simples é possível a inversão e vale lembrar que maior fica menor, menor fica maior, aumentado fica diminuto, diminuto fica aumentado, porém justo fica justo.

Trítono: todas as quartas naturais ou com alterações iguais são justas, exceto fá-si, que é natural e aumentada.

Os intervalos consonantes são: terças e sextas maiores e menores, quartas, quintas e oitavas invariáveis. Os intervalos dissonantes são: segundas e sétimas maiores e menores e todos os intervalos aumentados e diminutos.

Os graus modais caracterizam o modo das escalas, indicando se está num modo maior ou menor. São eles: do I grau para o III grau e do I para o VI. Se os intervalos de terças e sexta forem maiores, naturalmente a escala é maior, caso contrário é menor.

Os graus tonais caracterizam o tom da escala e são eles: I grau, IV grau e V grau, respectivamente, tônica, subdominante e dominante.

Uma escala é maior quando segue a sucessão de tons e semitons: t-t-st-t-t-t-st
Uma escala é menor quando segue a sucessão de tons e semitons: t-st-t-t-st-segunda aumentada-st

Escalas Maiores com sustenidos: Pegando a escala modelo de Dó M, dividimos a escala em dois tetracordes formando uma 4J( com a disposição de t-t-st sempre) cada tetracorde e com um tom entre cada um deles. Feito isso, pegamos o segundo tetracorde e o transformamos em um primeiro de uma nova escala e assim por diante. Como temos de respeitar a disposição dos tons e semitons, assim os sustenidos aparecem e formam as escalas.

Segue a ordem dos sustenidos: fá-dó-sol-ré-lá-mi-si que são quintas ascendentes.

Veja: Do M – modelo

Sol Maior – fá sustenido
Ré Maior – fá -do
Lá Maior – fá – do – sol
Mi Maior – fá – do- sol –ré
Si Maior – fá – do- sol - ré – lá
Fá # Maior – fá - do- sol –ré- lá - mi
DÓ # Maior - fá – do –sol –ré –lá –mi -si

Escalas Maiores com bemóis: o processo é o inverso ao do sustenido, ou seja, utilizando os mesmos tetracordes da escala de Dó, pegamos o primeiro e o transformamos num segundo tetracorde de uma nova escala.

Segue a ordem os bemóis: si-mi-lá-ré-sol-dó-fá que são as quintas descendentes.

Veja: Do M – modelo

Fá Maior – si bemol
Si b Maior – si –mi
Mi b Maior – si-mi-lá
Lá b Maior – si-mi-lá-ré
Ré b Maior – si-mi-lá-ré-sol
Sol b Maior – si-mi-lá-ré-sol-dó
Dó b Maior – si-mi-lá-ré-sol-dó-fá

A esses sustenidos e bemóis colocados no início da clave são chamados de Armadura de Clave.

Escala menor primitiva: é a escala sem qualquer acidente tanto ascendente quanto descendente.
Escala menor harmônica: alteração ascendente no sétimo grau na “subida” e “descida”.
Escala menor melódica: alteração ascendente nos VI e VII graus na “subida” e na "descida", forma primitiva.
Escalas relativas: são escalas com a mesma armadura de clave e modos diferentes e o intervalo que os separam é de uma terça menor. Por exemplo: Dó Maior, sua relativa basta contar uma terça menor inferior que cai em Lá menor. Se fosse o contrário, Lá menor, basta contar uma terça menor superior para achar o relativo maior que é Do Maior e assim por diante.

Escalas Homônimas: mesmo nome com modos diferentes que diferem por três alterações. Ex: Lá menor e Lá Maior.

Intervalos diatônicos ou naturais:são os intervalos formados com as notas da escala diatônica.

Intervalos cromáticos ou alterados:são intervalos que possuem um ou mais notas alteradas que não fazem parte da escala.

Meios de reconhecer a tonalidade de uma música:observar a armadura de clave, o sétimo grau se estiver alterado e a última nota do acorde ou tríade.

Compassos Compostos:levam esse nome porque a unidade de tempo é uma figura pontuada, sua divisão é ternária. Os numeradores podem ser 6(binário), 9(ternário) ou 12(quaternário) e os denominadores servem os mesmos para os compassos simples, 2,4,8,16...

Exemplo: 6/8 – o numerador indica que é um compasso binário e o oito indica a colcheia, logo serão seis colcheias divididas em 2 conjuntos com três colcheias cada, isso porque se dividirmos 6 por 3 dará dois (binário).

O compasso ternário, como o 9/8 não tem a unidade de compasso porque não existe uma figura inteira que vale 9, usa-se a unidade de som com a ligadura.

Compasso correspondente: todo compasso simples tem o seu correspondente composto e vice-versa. Usamos a fração 3/2 para achar os correspondentes. Multiplica-se pela fração para achar o correspondente composto e divide-se para achar o correspondente simples.

Sinais de repetição: são usados para repetir determinado trecho da música e eles são: Da capo, sinal de ritornello, as expressões 1ª e 2ª vez. Há também os sinais de abreviação que auxilia na execução.

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